LIXÃO

1. INTRODUÇÃO

O lixo pode ser definido como todo e qualquer resíduo que resulte das atividades diárias do homem e sociedade (BELI et al. 2005). Vários destinos podem ser dados à sua disposição finais, todavia, o pior deles é o “lixão”, definido como o local no qual se deposita o lixo, sem projeto ou cuidado com a saúde pública e o meio ambiente, sem tratamento e sem qualquer critério de engenharia (BELI et al. 2005). Essa prática é a mais prejudicial ao homem e ao meio ambiente, sendo um dos principais problemas ambientais encontrados no estado de São Paulo (BELI et al. 2005).

Segundo (BATISTA et al. 2010), o crescimento desordenado das cidades, especialmente das grandes metrópoles, tem provocado uma série de problemas socioeconômicos e ambientais. Atualmente são várias as atividades humanas que causam impactos ambientais, dentre elas pode-se destacar a disposição inadequada dos resíduos sólidos urbanos que provocam alterações na qualidade do solo, do ar e dos corpos aquáticos além de representar um risco para a saúde pública, podendo afetar não somente populações atualmente expostas, assim como também as gerações futuras.

Com a aceleração dos processos de industrialização, urbanização e crescimento demográfico, ocorreu um aumento tanto em quantidade como em diversidade da produção dos resíduos sólidos que passaram a abrigar, em sua composição, elementos sintéticos e perigosos à saúde em virtude das novas tecnologias incorporadas à vida cotidiana. (CAVALCANTE et al. 2007) Consequentemente, a gestão e a destinação final do lixo passaram a exigir mais tratamento e meios adequados para a sua eliminação ou transformação física (CAVALCANTE et al. 2007).

Essa problemática evidencia, principalmente, preocupações de duas ordens: uma que se relaciona à quantidade de detritos gerados, à destinação final do lixo e às possíveis implicações ambientais, e outra que aponta para uma realidade mais complexa, que é a atração da população pobre para a atividade da