Racas Caprinos
São muitas as raças de caprinos existentes em todo o mundo, algumas delas criadas no Brasil e que são classificadas, conforme a aptidão, em três grupos básicos: especializadas na produção de carne (raças de corte), especializadas na produção de leite (raças leiteiras) e dupla aptidão (que podem ser usadas numa das duas atividades – carne e leite – ou nas duas ao mesmo tempo).
São mais utilizadas na caprinocultura de corte as raças chamadas de nativas do Brasil:
• Canindé;
• Moxotó,
• Repartida.
Que na verdade foram introduzidas e adaptadas ao nosso território, especialmente no semiárido nordestino, e que, por isso, são muito rústicas.
São utilizadas na produção leiteira, mais usadas no Brasil:
• Saanen;
• Toggenburg;
• Murciana,
• Parda Alpina.
Precisam de um ambiente de manejo menos rústico, para que a produção não seja comprometida.
Raças especializadas em carne mais usadas em todo o país são:
• Boer,
• Savanna
A raça mais utilizada de dupla aptidão, usada tanto para corte como para leite é:
• Anglo-Nubiana.
Apresentam grande rusticidade e adaptabilidade a condições climáticas da região Meio-Norte do Brasil, sobretudo o
Estado do Piauí.
CANINDÉ
Essa raça parece ter sido segregada no vale do rio
Canindé, no Piauí, mas também se tem notícia de que sua origem seria o estado da Bahia.
Apresentam-se como animais ativos, vigorosos e rústicos, de porte médio a grande. A pelagem é negra, com ventre e períneo brancos. Sob os olhos apresenta uma pequena faixa de cor branca. Os pelos são macios, finos e não muito curtos nas fêmeas, enquanto nos machos são mais grossos, e mais compridos. A cabeça é negra, com mancha branca na região da garganta. É conhecida também a variedade Canindé vermelha, em que as poções de pelagem branca são substituídas por vermelhas.
Apresentam três aptidões: leite, carne e pele. Altura média das fêmeas varia de 65-75 cm, e dos machos de 70-85 cm. O peso médio das fêmeas vai de 45 a
55 kg, enquanto dos machos varia de 66 a 80 kg.
MOXOTÓ