QVT Modelos De Avaliacao
Revisão Literária dos Modelos Clássicos de Avaliação da Qualidade de Vida no
Trabalho: um Debate Necessário
Bruno Pedroso
Doutorando em Educação Física – UNICAMP
Luiz Alberto Pilatti
Professor do Programa de Pós-Graduação em
Engenharia de Produção – UTFPR
Os desdobramentos produzidos pelo labor de homens num cenário crescentemente complexo, abalizado por diferentes aparelhos jurídicos próprios, permeiam profundamente o tecido social de diferentes países e produzem diversidade.
Na atualidade, fruto de um longo processo de transmutações ocorridas em seu curso histórico, o trabalho tornou-se singular. Convive-se, num mesmo cenário, com a alta tecnologia e condições subumanas – elementos diversos de uma peça que muitos chamam de pós-modernidade. Nessa peça, os sujeitos sociais são coisificados e alienados. O pano de fundo do enredo é a globalização, que derrubou fronteiras nacionais e produziu, em um mesmo palco, riqueza, melhoria na qualidade de vida (QV), sofrimentos e doenças para uma legião de trabalhadores.
Esse cenário perfez, com sinais crescentemente evidentes, que a QV passa a compor o discurso patronal nas últimas décadas. A visão holística do homem como um ser biopsicossocial passa a ser mais divulgada, ainda que, em muitos casos, a retórica não tenha sido materializada no cotidiano dos trabalhadores.
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Essa reflexão se fortalece a partir da percepção de que os recursos humanos são o ativo mais importante das organizações.
Estudiosos das mais variadas áreas passaram a investigar o fenômeno da QV no ambiente laboral, que, posteriormente, desmembra-se da sua variável progenitora – a QV –, dando origem a um novo indicador: a qualidade de vida no trabalho
(QVT).
A subjetividade na conceituação da (QVT) fomenta a existência de modelos teóricos distintos para a avaliação desta variável. Nessa perspectiva, o presente trabalho objetiva, através de uma fundamentação teórica a partir dos principais modelos de QVT encontrados na literatura, realizar