Quimiluminescência em Laboratório Clínico
A luminescência é um dos métodos mais fascinantes de dissipação de energia é definida como emissão de radiação eletromagnética, por moléculas, de comprimentos de onda que vão do ultravioleta ao o infravermelho no espectro eletromagnético. Essas radiações decorrem da transição de um estado eletronicamente excitado para um estado de energia mais baixa. A luminescência é dividida em: quimioluminescência, bioluminescência, termoluminescência, eletroluminescência e fotoluminescência (Fluorescência e Fosforescência) (SANTOS; SANTOS; COSTA, 1993).
A quimioluminescência têm apontado muitas vantagens na pratica laboratorial de pesquisa e diagnóstico. Apresentando sensibilidade equivalente ou superior a métodos baseados na emissão de radioisótopos. As reações de quimioluminescência ainda apresentam um custo operacional mais baixo, além da não agressão ao operador e ao meio ambiente (DUDLEY, 1990).
Há muitos anos luminescência é conhecida pela ciência. Aristóteles (384-322 a. C.) descreveu em “De Anima” a bioluminescência de fungos e peixes mortos. Depois, o alemão Robert Boyle, descobriu que o oxigênio estava envolvido no processo bioluminescente. No século XIX, Dubois contribui com seu trabalho de bioluminescência de vagalumes. Radziszwski sintetizou a lofina em 1877 e Eder o pirogalol em 1887, sendo responsáveis pelos primeiros exemplos de reações quimioluminescência em solução (SANTOS; SANTOS; COSTA, 1993).
A primeira vez que o termo quimioluminescência foi utilizado em 1888, pelo pesquisador Wiedemann, a fim de descrever reações químicas que emitiam luz: "Das bei chemischen Prozessen auftretende Leuchten würde Chemilumineszenz genannt", ou seja, "Um processo químico que ocorra com luminescência será denominado quimioluminescência" (STEVANI; BAADER, 1999).
Em 1928 Albrecht descreveu as propriedades do luminol, enquanto a lucigenina foi sintetizada por Gleu em 1935. Na segunda guerra mundial, os soldados japoneses utilizavam pó de Cypridina, um