Quimica o detergente
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Por Susana Lorena
Os detergentes industriais, embora possam ser produzidos de diversas formas diferentes, possuem uma característica básica. São formados por moléculas anfipáticas, ou seja, essas moléculas possuem uma cadeia apolar e uma cabeça polar. Isso faz com que o detergente interaja tanto com a gordura (parte apolar) quanto com a água (parte polar). Isso faz deles substâncias tensoativas ou surfactantes. Assim é possível fazer com que a gordura da sujeira seja removida da superfície onde está depositada. A espuma produzida, mantém a sujeira em suspensão e evita que ela volte para a superfície.
Um tipo de detergente provém da conversão dos álcoois de C12 a C18 em sais de hidrogenosulfato de alquila. Aqui podemos ver que a longa cadeia alquílica fazem a parte apolar e a e a cabeça polar é o -OSO3-Na+.
Esses detergentes, apesar de grandes aliados na limpeza doméstica e industrial pode ser um grande vilão se liberado no meio ambiente sem prévio tratamento. O detergente entra em corpos d’água pelas tubulações. Isso causa um grande impacto ambiental modificando o pH da água e formando espuma que impede a entrada de oxigênio.
Detergentes Biodegradáveis
Mas até mesmo antes da preocupação com o meio ambiente se tornar parte do nosso dia a dia, foram criados os detergentes biodegradáveis. Eles recebem esse nome por serem passíveis de degradação pelos microorganismos presentes nas águas. Isso foi conseguido reduzindo a quantidade de fosfato presente no detergente.
É importante lembrar que apenas os detergentes em gel, utilizados para lavar louça, são biodegradáveis. Os sabões em pó e em barra permanecem na natureza ainda por um longo período de tempo após serem despejados. Por isso precisam de um prévio tratamento.