Quimica verde
Carolina Silva Marques
Aluna do Curso de Mestrado em Química Aplicada
A Química agora é Verde
A Química é a ciência da vida real…ou seja, tudo o que nos rodeia tem algum princípio químico, desde os plásticos existentes nas nossas casas, aos fármacos, combustíveis e até mesmo uma simples peça de roupa de poliéster contem um princípio químico. Na maioria dos casos a produção desses mesmos materiais é desenvolvida num conteúdo extremamente poluente e a sua produção a nível industrial, em massa, promove um conceito muito depreciativo do trabalho de um químico, intitulando-o de poluente, tóxico e nocivo, degradando o que nos rodeia e é único. Este conceito radicalista não é desprovido de fundamento e recordo lamentavelmente, o acidente decorrido em Seveso, Itália, em que a libertação de substâncias extremamente tóxicas para o ambiente provocou efeitos nefastos aos habitantes locais, tal como outros acidentes gravíssimos que ocorreram em refinarias, centrais nucleares ou qualquer outra unidade química.
A necessidade da correcção e de certa forma punição perante a avaliação global do que nos rodeia fez com que os químicos centrassem as suas atenções neste problema e desenvolvessem um método de trabalho que fosse vantajoso para ambas as partes. É nestas condições que surge assim um termo inovador e sugestivo, designado de Química Verde ou Sustentável e que visa sobretudo minimizar e até mesmo anular os efeitos negativos traçados no contexto ambiental produzidos, nomeadamente pela indústria química.
A prática desta ideia necessária teve início nos Estados Unidos com a Lei de
Prevenção à Poluição de 1990, lei essa que estabeleceu uma política nacional para prevenção ou redução da fonte de poluição, combatendo na sua origem. A ideia de conceber estratégias criativas para a protecção da saúde e do meio ambiente ou melhorar produtos químicos e processos tornou-se fundamental e expandiu-se o
conceito