Quilombos ontem e hoje

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No município de Piripiri, a 160 km de Teresina no Piauí, encontra-se três principais regiões de quilombos de destaque, são elas a comunidade Marinheiro, Vaquejador e Suçuarana. As duas primeiras tiveram fortes relações entre si devido a sua proximidade enquanto a terceira se diferencia por estar mais próxima ao centro urbano piripiriense.
Vaquejador e Marinheiro, estão localizadas na zona rural de Piripiri a cerca de 43km da sede do município, entre as fronteiras com Capitão de Campos e Boa Hora. Ambas ainda possuem o selo da Fundação Palmares, que reconhece as regiões de quilombos, porem estão em processo de reconhecimento, para isso é necessário a criação de projetos e um estudo a ser realizado por antropólogo com parcerias entre a comunidade, universidade e órgãos competentes como o INCRA. A partir desse reconhecimento e adesão a fundação as comunidades receberam recursos de órgão federais principalmente do INCRA. As comunidades quilombolas de Piripiri são verdadeiros redutos da resistência dos ex-escravos ao longo do processo de emancipação dos negros.
Essas comunidades são vizinhas, embora apresentem algumas deferências ao longo dos seus processos de formação, são basicamente semelhantes quanto à preservação cultural africana e a perseguição e matança causada por fazendeiros e moradores brancos da região, que não toleravam os costumes e hábitos culturais de origem africana, como por exemplo, a religião umbanda e macumba.
Atualmente existem cerca de 60 famílias no Vaquejador, e 85 no Marinheiro, sendo aproximadamente 340 habitantes e 420 habitantes respectivamente, segundo dados do atual presidente do sindicato dos trabalhadores rurais de Piripiri Antônio Soares (Totonho). Entre os problemas das comunidades está a questão da posse de terras, as famílias vivem em apenas 200m² (Vaquejador) e 320m² (Marinheiro), sendo essas terras ocupadas