QUILOMBOLAS

"QUILOMBOLAS: ONTEM E HOJE"

Entendidos pelo governo português em 1740 como todo agrupamento de negros, os Quilombos eram formados a partir de até cinco escravos que fugiam das fazendas para se defenderem da colonização e das más condições humanas a que eram submetidos (sec. XVII e XVIII).
Nos Quilombos existiam manifestações religiosas e lúdicas, a qual a música e dança estava sempre presente. Os "Quilombolas", como eram conhecidos seus habitantes, tentavam viver e resgatar a parte da cosmovisão africana, mantendo os laços de família perdidos no tráfico, sua cultura, tradições, práticas religiosas, relação com o trabalho na terra, bem como sistemas de organização social própria.
Quilombo dos Palmares foi o mais famoso do Brasil, onde tiveram como principais lideres Ganga Zumba e Zumbi. Ficava situado na Serra da Barriga, Alagoas, que pertencia a antiga capitania de Pernambuco. Estima-se que a chegaram abrigar até 30 mil pessoas, e que não abrigavam apenas negros, mas quase todas as raças que compõe o Brasil.
Possuíam uma organização peculiar, chamada mocambos (núcleo de povoamento), seu sistema político e liderança eram semelhantes aos reinos africanos. Sua economia era basicamente da agricultura subsistência, da pesca e caça. Plantavam milho, banana, feijão, mandioca, laranja e cana-de-açúcar. Artesanato, cerâmica, tecidos, palha e até metais, também faziam parte de sua economia.
Quilombo dos Palmares era símbolo da resistência negra à escravidão e isso incomodou o governo português, ao qual travou uma batalha incessante com o Quilombo, liderado por Zumbi. A batalha se estendeu por longos cinco anos, quando em 1695, Zumbi foi capturado e morto por André Fortunato de Mendonça e seus guerreiros foram derrotados pela tropa liderada pelo Bandeirante Domingo Jorge Velho, levando a queda do Quilombo dos Palmares.
Na atualidade há uma nova batalha sendo travada, que é o reconhecimento e apropriação de terra de "comunidades quilombolas" (termo utilizado