Questões de LP1

Poliana Veloso
Prof.Dr. Fábio Laura

Língua, sociedade e sociedade.
Para alternativas terminológicas na delimitação das concepções e preconceitos embutidos no rótulo norma culta, vale a pena consultar as contribuições dos diversos autores reunidos em Bagno, bem como vários dos artigos impressos no presente volume.
Até a independência do Brasil não havia duvidas quanto ao padrão linguístico que deveria ser considerado modelar. Um fato marcante da nossa história no que diz respeito à politica linguística foi proibir o ensino de qualquer língua a não ser a Portuguesa. A notável repulsa da elite brasileira por seu próprio modo de falar o português encarna, sem duvida, a continuação no tempo desse espirito colonialista que se recusa a atribuir qualquer valor ao que é atóctone, sempre visto como primitivo incivilizado.
A polêmica se arrastará por longo tempo, e não se pode dizer que tenha terminado, muito embora se processe hoje em dia com base em teoria cientificas mais recente ao contrário do que sucedeu ao longo do século XIX e boa parte por não- especialistas.
Tradicionalistas e iconoclastas movem-se em realidade, na mesma órbita de ideias. Estes não menos do que aqueles, mostram-se fiéis preservadores do legado colonial. E as diferenças que os separem entre si são unicamente de forma e superfície.
De fato ainda hoje, passadas quase dois séculos de independência politica, a sociedade brasileiro conserva muita de sua estrutura colonial anterior a 1822. A independência, afinal, foi tramada de cima para baixo, num movimento políticos da nossa história. A proclamação da republica em 1889 foi simplesmente um golpe militar praticado pela alta cúpula do exército, e não um movimento social a favor da democratização da sociedade – muito pelo contrário, todos os levantes populares em favor da republica foram esmagados a ferro e fogo.
Conservando as marcas da sociedade colonial escravista, ou aquilo que alguns