Uma das principais características de uma sociedade capitalista é a desigualdade. O modo de produção capitalista é o conjunto das relações de produção, que se da na relação da burguesia com a classe trabalhadora, a primeira, dona dos meios de produção e do capital, explora a outra que nada possui além de sua força de trabalho. A classe trabalhadora vende sua força de trabalho, como única forma de subsidio próprio e da família. Ao contrário da classe trabalhadora, a burguesia tem outros interesses nas relações de produção. Seu objetivo é lucrar assim acumulando capital, através da mais-valia. Segunda Iamamoto, quanto mais cresce as riquezas no capital maior são as desigualdades sociais, que atinge diretamente a classe trabalhadora com problemas tais como fome, falta de moradia, dificuldade de acesso a saúde e educação. Chega um momento que, em condição de sua pauperização e péssimas condições de vida e trabalho, a classe trabalhadora passa a se conscientizar de sua condição de exploração e acontece a mudança de “classe em si” para “classe para si”. Os trabalhadores se reúnem para lutar por direitos que melhorem sua vida cotidiana, assumindo papéis políticos e revolucionários dentro da sociedade e exigindo seu reconhecimento como classe por parte do Estado e dos capitalistas. A partir daí surge a luta de classes –burguesia x proletariado, capital x trabalho- que expressa a Questão Social. Foi através das lutas sociais que o Estado foi pressionado a prestar atenção, atender e reconhecer os direitos e deveres da classe trabalhadora. É a partir desse reconhecimento que nasce um novo momento de concessão dos direitos sociais públicos, serviços e políticas sociais, que tem como exemplo o Welfare State, nos países centrais. As estratégias para o enfrentamento da questão social têm sido tensionadas por projetos sociais. Vive-se uma tensão entre a defesa dos direitos sociais e a mercantilização do atendimento ás necessidades sociais, com claras implicações nas