queda dos corpos
Na verdade, ousando contrariar Aristóteles que afirmara que quanto mais pesado é um corpo maior é a velocidade com que cai, diz-se que Galileu convidou os mais ilustres professores da Universidade a assistirem à sua experiência, na torre. Deixando-os cá em baixo, subiu ao último piso e aí deixou cair, simultaneamente, dois pesos, um com meio quilo e outro com cinco quilos e todos puderam verificar que ambos tocaram o solo ao mesmo tempo. No entanto, os seus convidados preferiram continuar a defender as mesmas teorias a aceitarem o que os seus olhos viam Depois de constatar que todos os corpos caem à mesma velocidade, Galileu preocupou-se em determinar essa velocidade, ou seja, tentou encontrar a lei matemática da queda dos corpos. O problema não era muito fácil. Galileu sabia que a velocidade aumentava à medida que o corpo ía caindo, mas como poderia determiná-la exactamente? Pensou que seria mais fácil se conseguisse retardar a queda. Mas, como o fazer? Até que encontrou a solução: bastava deixar cair o objecto obliquamente sobre um plano inclinado; este irá tanto mais devagar quanto mais próximo da horizontal for o caminho.
Finalmente, em 1602, Galileu fez deslizar bolas de latão em planos inclinados com 14 metros e mediu a duração da queda com um relógio de água. Com estas experiências, descobriu que quanto maior fosse a velocidade tanto mais tempo durava a queda, ou mais exactamente, que esta velocidade era proporcional ao tempo. Cocluíu, assim, que com o dobro do tempo o corpo percorria o quádruplo do espaço.
A seguir, Galileu dedicou-se ao movimento dos projécteis. Ignorou todos os estudos anteriores sobre o assunto e colocou o problema matematicamente. Verificou que o projéctil, ao mesmo tempo que é atirado para a frente pela impulsão da pólvora, é atirado para o