Quebra do Euro - Possíveis consequências
A união européia, oriunda da Comunidade Europeia do Carvão e do Aço (CECA) criada em 1951 e atualmente composta por 27 países membros, encontra-se em crise, mas isso não é novidade para ninguém. A crise, considerada inevitável por muitos economistas, apresenta dados alarmantes, cerca de 1,4 milhões de desempregados só em Portugal, países com endividamento de 87,2% do PIB e conflitos internos cada vez mais intensos. As estruturas da União Europeia já foram feitas “em cima da areia”, com um tratado que beneficia a Alemanha e uma moeda criada nada mais do que como um câmbio fixo do antigo marco-alemão, fizeram com que outros países como Portugal, Irlanda, e Grécia não tivessem competitividade e bases de sustentação para suas economias. Outros motivos relevantes dever ser abordados, como a falta de proteção dos países membros e a inexistência de uma política externa.
O problema não é só econômico, é também social, visto que o projeto de bem estar social dos países da zona do euro foi abaixo, sendo o mesmo extremamente contraditório para o modelo de produção capitalista vigente na Europa. Será então que os tradicionais europeus terão que se acostumar a serem brasileiros? Será que haverá aceitação de uma regressão social? Garanto que um alemão não aceitará trabalhar como um chinês em troca de 2 míseros dólares diários.
Talvez a única saída seja a ação do FMI, com empréstimos aos países com maior urgência, devendo ser discutido melhor as suas medidas de austeridade, pois a impossibilidade social do Estado e dos burgueses de sustentar as outras classes, de uma sociedade faminta, desempregada, e de um movimento de ascensão de massas, levar a guerra civil não seria uma opção a ser descartada, no entanto nenhum pouco conveniente.
Toda situação de crise que envolve grandes economias de alguma maneira afeta economias menores. A “velha e inconstante” economia brasileira já está sendo afetada, e será mais ainda se a crise