Quando a mídia legitima a política externa
A POLÍTICA EXTERNA
Diogo Vieira
A produção da informação direcionada, bem como sua disseminação visando à manutenção e a expansão de sua influência, constitui um elemento primordial na política externa de um hipotético estado, utilizando os modernos meios de comunicação existentes na contemporaneidade.
O advento de redes nacionais de televisão em escala global, ao vivo, 24 horas por dia, sete dias por semana emergiu como primazia para essa relação, e a rede mundial de computadores acelerou e dinamizou com ainda mais ímpeto essa relação.
As contínuas inovações das tecnologias da informação construíram uma nova realidade para os líderes políticos que quando compelidos necessitam vir a público com respostas aprimoradas, arrojadas, em intervalos de tempo cada vez mais ínfimos para satisfazer a opinião pública. Atitudes e réplicas circunstancialmente mais velozes, porém, paradoxalmente, bem elaboradas, contundentes e sem contradições passou fazer parte do cotidiano do corpo diplomático dos estados onde configura-se ainda uma disputa pela predominância discursiva.
Como já havia vaticinado o filósofo inglês, Francis Bacon, no século XVII, informação é poder. Esse elemento, com o desenrolar das sucessivas sociedades, assumiu diversas características no convívio entre os indivíduos, e entre os indivíduos e o estado, transformando, alterando a percepção social e cognitiva.
As unidades de poder em sua sobrevivência tendem a se preocupar com a difusão dessa matéria-prima, a informação, em seus territórios. Portanto, é de se supor que, logo, um estado-nação em posição hegemônica se ocuparia demasiadamente com as informações para além de suas fronteiras, com o intuito de conhecer para, então, influenciar positivamente os seus intentos na ordem mundial, e especificamente em um país alvo.
Partindo da premissa que o processo informativo é assumido como um elemento importante para a manutenção ou ruptura do status quo dada