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Segundo o autor, a educação é concebida como “produção do saber”, pois o homem é capaz de elaborar ideias, possíveis atitudes e uma diversidade de conceitos. O ensino como parte da ação educativa é vista como processo, no qual o professor é o “produtor” do saber e o aluno “consumidor” do saber. A aula seria produzida pelo professor e consumida pelo aluno. O professor por possuir competência técnica é o responsável pela transmissão e socialização do saber escolar, cabendo ao aluno aprender os conteúdos para ultrapassar o saber espontâneo.
Saviani (1991, p. 29) enfatiza o currículo escolar, a escrita e o conhecimento científico, colocando a escola como mediadora entre o saber popular e o saber erudito, no sentido de sua superação. “Pela mediação da escola, dá-se a passagem do saber espontâneo ao saber sistematizado, da cultura popular à cultura erudita”. O saber popular seria o ponto de partida e o saber científico o ponto de chegada. A igualdade para Saviani estaria no acesso ao saber sistematizado, portanto, pelo ponto de chegada.
Ele deixa clara a função direta e de intervenção do professor, na medida em que possui o saber teórico, sendo o responsável pela transmissão e socialização desse saber. Cabe ao educando aprender os conteúdos para ultrapassar o saber espontâneo e adquirir o conhecimento sistematizado. Neste sentido Saviani afirma que: “professor e aluno são vistos como agentes sociais” (grifo meu). Há, portanto, em Saviani, um projeto político-pedagógico de compromisso de mudança social, objetivando uma sociedade igualitária.
Saviani compreende o ser humano como produtor, uma vez que necessita produzir para sua própria existência, essa produção se da através do trabalho, sendo essa a principal diferença entre o homem e os outros animais, pois o homem por ser racional utiliza-se desse saber para conquistar o lugar de destaque entre os demais. Na sua concepção o compreende também por práxis e cultural, já que