Resenha equidade em saude
O referido artigo tem como escopo a análise do fenômeno da equidade a partir de duas vertentes: o estudo da região geográfica e da classe social.
Os dados analisados são dos anos de 1989 e de 1996 e 1997 , colhidos em pesquisas de caráter nacional realizadas pelo IBGE.
O uso de serviços de saúde pode ser mensurado a partir de uma padronização das necessidades e comportamentos de determinados tipos de população, que nesta pesquisa serão analisados a partir da Pesquisa Nacional sobre Saúde e Nutrição (1989) e Pesquisa sobre Padrões de Vida (1996/97), ambas de responsabilidade do IBGE.
Embora os conceitos de igualdade e de equidade tenham por vezes sido utilizados como sinônimos, cabe nos ressaltar que a equidade de serviços de saúde pressupõe a distribuição desigual de recursos, conforme as necessidades apresentadas, em função dos padrões de comportamento e consumo das populações atendidas.
Desta forma, o objetivo do estudo foi avaliar o padrão de equidade apresentado em dois momentos distintos, a saber, antes da criação do SUS e após sua implantação nas regiões Nordeste e Sudeste (geográfica) e entre grupos de classes sociais distintas (social).
Para a vertente de análise geográfica o padrão da pesquisa foi identificado como populações da região sudeste, essencialmente urbanas comparando-se taxas de utilização dos serviços de saúde, a partir de faixas etárias e gênicas, observando também os gastos com medicamentos e planos de saúde.
Na análise social as variáveis utilizadas foram idade, sexo, morbidade (restrição de atividades), renda per capita , cobertura de plano de saúde para três grupo de renda diferenciados.
O uso de serviços de saúde nas duas pesquisas parte do pressuposto que o indivíduo procurou o atendimento, foi ou não atendido em um