qualidade de vida em idosos institucionalizados

Segundo dados colhidos nessa pesquisa , 59,375% dos idosos institucionalizados declaram saber ler e escrever, 31,25% alegam não sabem ler e escrever e 9,375% não sabem responder. De acordo com dados do IBGE, em 1991, 55,8% dos idosos declararam saber ler e escrever pelo menos um bilhete simples, em 2000, esse percentual passou para 64,8%, representando um crescimento de 16,1% nesse período. Dessa forma, é possível concluir que a porcentagem dos idosos pesquisados que declaram saber ler e escrever está abaixo da média nacional. Dados mais recentes, relatados pelo Censo de 2010 mostram que 50,2% dos idosos possuem menos de 4 anos de estudo, 32,3% possuem 4 a 8 anos de estudo e 17, 4%, 9 anos ou mais.

Segundo dados da nossa pesquisa, 9,09% dos idosos institucionalizados encontram-se com IMC relativo a baixo peso, 18,18% com IMC referente a peso adequado e 30,30% deles com IMC indicativo de sobrepeso. No entanto, esses dados estão em discordância com aqueles relatados por Colembergue (2011), que revela uma maior tendência à desnutrição nos idosos institucionalizados do Brasil, decorrente de alterações do próprio envelhecimento, doenças sistêmicas e/ou situação socioeconômica, que condicionam o seu estado nutricional. Ainda segundo o autor, 12,5% das mulheres se enquadram como desnutridas e 18,75% se encontram em risco de desnutrição. O aspecto que mais nos chamou atenção foi a discrepância entre a porcentagem de idosos com baixo peso, 9, 09%, em relação à tendência de desnutrição relatada pelo artigo.

COLEMBERGUE, Janise Pedroso; CONDE, Simara Rufatto. Uso da miniavaliação nutricional em idosos institucionalizados. Scientia Medica, Rio Grande Sul, v. 21, n. 2, p. 59-63, 2011.