Qual é a representação do conhecimento sobre história e cultura africana, afro-brasileira e indigena no imaginário escolar?
MESTRADO EM CIÊNCIAS DA EDUCAÇÃO
ALBERTO DAMASCENO DE ALBUQUERQUE
QUAL É A REPRESENTAÇÃO DO CONHECIMENTO SOBRE HISTÓRIA E CULTURA AFRICANA, AFRO-BRASILEIRA E INDIGENA NO IMAGINÁRIO ESCOLAR?
FORTALEZA – CE
FEVEREIRO/2012
QUAL É A REPRESENTAÇÃO DO CONHECIMENTO SOBRE HISTÓRIA E CULTURA AFRICANA, AFRO-BRASILEIRA E INDIGENA NO IMAGINÁRIO ESCOLAR?
Alberto Damasceno de Albuquerque1
RESUMO
No imaginário escolar a representação do conhecimento sobre história e cultura africana e indígena no Brasil vem sendo sistematizada de forma sútil, perniciosa, cheia de poluição, preconceituosa. Baseada em sistemas que violentaram a história, destruindo a imagem do humano e colocando o desumano. Deturpando a cultura, a essência do ser, as riquezas das vivencias, do social/econômico, sendo protagonizada em muitos casos pela utilização do livro didático. Nessa perspectiva o presente traz uma reflexão fundamentada na história do imaginário e na que de fato é. Pretendendo despertar mentes adormecidas na epistemologia preconceituosa, escravagista, racista, dominante e viciosa europeia, que tem disseminado uma visão míope sobre a história e cultura africana, afro-brasileira, e indígena no imaginário da escola brasileira.
Palavras Chave: africanos, indígenas, preconceito, racismo, livro didático.
1. INTRODUÇÃO
A ignorância em relação à história antiga dos negros, as diferenças culturais, os preconceitos étnicos entre duas raças que se confrontam pela primeira vez, tudo isso, mais as necessidades econômicas de exploração, predispuseram o espírito europeu a desfigurar completamente a personalidade moral do negro e suas aptidões intelectuais. O negro torna-se, então, sinônimo de ser primitivo, inferior, dotado de uma mentalidade pré-lógica (MUNANGA, 1986, p. 9).
Nas areias movediças do ensino de história, emergem as visões elitistas, unilateralistas, reducionistas, racistas e preconceituosas em detrimento da busca da