Pulsão de agressão e pulsão de dominação

Pulsão de agressão caracteriza expressões defensivas do Ego contra ameaças externas ao seu estado de equilíbrio/prazer. São sempre de origem psicológica (Id). São motivações internas que se expressam através da voz, do sistema muscular, dentro do contexto defensivo do indivíduo. Tanto as pulsões de agressão quanto as de destruição estão vinculadas às pulsões denominadas de morte - Tanatos. Como operam, essencialmente, em silêncio, e só podem ser reconhecidas quando agem para fora do indivíduo, compreende-se que a expressão "pulsão de destruição" qualifique os seus efeitos mais acessíveis, mais manifestos, expressando-se através da musculatura.

Pulsão de dominação é pulsão psicológica não sexual que só secundariamente pode se unir à sexualidade e cuja meta é dominar o objeto (alvo de prazer) pela força física, intelectual (presunção e prepotência), sedução (convencimento), catequese ou orientação (pulsão de dominação sublimada). Freud afirma que a crueldade infantil está ligada a uma pulsão de dominação, contudo, não teria por objetivo impor um sofrimento aos outros, mas simplesmente não o levaria em conta. Em "Pulsões e destino das pulsões", onde claramente é desenvolvida a primeira tese freudiana sobre o sadomasoquismo, ele explica que o objetivo primeiro do sadismo é definido como ato de impor humilhação e dominação ao objeto pela violência, contudo a sua fusão com a sexualidade aparece no retorno do sadomasoquismo contra o próprio ego, devido à intensa culpa recalcada, produzindo o masoquismo. Em "Além do princípio do prazer" e com a introdução da noção de pulsão de morte, em oposição à pulsão de vida, a pulsão de dominação é descrita como consequencia ou derivação da pulsão de morte que, originalmente, só visa destruir o sujeito