A mulher escondida na professora?
A mulher escondida na professora?
(Alícia Fernándes)
A obra A Mulher Escondida na Professora, de Alicia Fernández discute o papel feminino na Educação, é uma leitura psicopedagógica do ser mulher, da corporalidade e da aprendizagem. A autora é uma psicopedagoga formada pela Universidade de Salvador, Buenos Aires, Argentina e tem desempenhado fundamental papel no desenvolvimento e formação de psicopedagogos em toda a América Latina e em Portugal. Seus livros são a base teórica de muitos estudos recentes nesta área.
Sua atuação parte de Buenos Aires, passando pelo interior da Argentina e inclusive por outros países, onde tem sedimentado núcleos de trabalho permanente através de cursos de Pós-graduação e de seminários periódicos em diversas cidades brasileiras e argentinas, em Montevideo e Lisboa.
No livro a autora nos diz que autorizar-se a ser mulher propõe não a libertação sexual nem a inteligência liberada, pois a primeira conclui sempre a domesticação e a outra é que cada um de nós como ensinantes e aprendentes, passe por autorizar-se a pensar; permitir-se a perguntar; o deixar permitir-se a perguntar; o deixar espaço à imaginação e ao prazer de aprender espaço imaginação e ao prazer de aprender; e em conseqüência o prazer e ensinar.
O sistema educativo costuma mostrar e desmentir e que mostra.
O ensino sobre o que é homem e o que é ser mulher não consta no currículo da escola, mas ocultamente, a desmentida, a omissão da identidade, penetram através do não-dito.
O livro é dividido em três partes, na primeira parte ele nos fala sobre as origens da construção de um corpo e algumas relações entre corporeidade, gênero sexual e pensamento; idéias que constituem uma parte para constituição de uma teoria sobre o sujeito aprendente aquele que constrói a partir da inter-relação entre o “sujeito desejante” e o “sujeito epistenico” que atravessando o organismo, representa-se no corpo.
As novas possibilidades de maternidade e paternidade instigam a