Mãe, tia ou professora?
Não é de se estranhar que na profissão de Professor as mulheres compõem 81,5% do total de professores da Educação Básica do País. Em todos os níveis de ensino dessa etapa, com exceção da Educação Profissional, elas são maioria lecionando. No final de 2010 existiam quase 2 milhões de professores, e dentre eles, mais de 1,6 milhão eram mulheres.
Conforme estudos sociológicos, a nossa sociedade associa a profissão de professor melhor adequada ao perfil das mulheres, pois conforme esses estudos, a mulher tem o perfil de ser mais atenciosa, delicada, meiga, paciente,etc. O mais interessante é que devido a este tipo de visão todos esses atributos estão também associados aos de uma mãe. No entanto para ser mãe, até a presente data, não precisa de nenhum tipo de qualificação e/ou formação acadêmica para o desempenho desta tarefa. Já para atuar como Professor, é necessário muito estudo, preparo e profissionalismo.
Mas qual o impacto que esta visão distorcida da realidade, acarreta no desempenho das Professoras ? Afinal, se os alunos e os pais esperam que a Professora aja como uma mãe, você há de concordar que o papel da professora está totalmente desvirtuado, e o que é pior: é desconhecido pelos pais e pelos próprios alunos.
Os pais que esperam que a Professora dê a educação que os pais não estão oferecendo nem cobrando dentro de casa, tratam a Professora com descaso, desrespeito e a profissão como algo de menor valia. Afinal o próprio filho trata os pais desta forma.
O que esperar então dos alunos dentro da sala de aula ? Se eles não obedecem os próprios pais porque obedeceriam e respeitariam a Professora ? Afinal, a Professora só sabe falar…falar…. e falar? Reclama de tudo. Vive