Pulso Jato
O motor pulso jato foi inventado por Karavodine em 1908 e aperfeiçoado e patenteado pelo engenheiro alemão Paul
Schmidt em 1931. Após inúmeros testes e novos aperfeiçoamentos em 1942 o motor agora batizado de
Schmidt-Argus foi utilizado nos mísseis V-1. Sendo o precursor dos atuais mísseis de cruzeiro.
FUNCIONAMENTO
Também conhecido como motor intermitente, é constituído por uma simples tubulação, além do sistema de um sistema válvulas controladoras, que são as únicas partes móveis do motor. Estas válvulas ficam na parte dianteira do motor e são fechadas por molas. A abertura das válvulas ocorre pela pressão de impacto e pela redução de pressão, quando o motor se desloca. Para o motor iniciar o funcionamento, é necessário pôr na câmara ar comprimido, que, misturado com o combustível, formará a mistura. Inicialmente uma vela produz a centelha para queimar a mistura, depois o calor acumulado no duto é responsável pela queima. Quando ocorre a queima, as válvulas são fechadas (pela pressão dos gases queimados, que atuam em todas as direções). Durante o escapamento, a pressão interna diminui, abrindo novamente as válvulas e admitindo novamente o ar que irá misturar-se com o combustível injetado continuamente. Esse motor apresenta um ciclo pulsativo de aproximadamente 50 ciclos por segundo. Apesar do seu modo de funcionamento, a tração obtida é praticamente contínua Os ciclos no pulso jato ocorrem numa frequência de combustão que depende exclusivamente de seu comprimento, apresenta um consumo de combustível típico de 1,2 a 1,5 Kg/h por Kgf de empuxo dependendo do combustível e do regime de vôo. Quanto maior a frequência de combustão mais elevado será o seu rendimento. Este motor apresenta consumo muito elevado e desregrado. Esse tipo de motor de reação direta foi empregado para impulsionar as bombas alemãs. (bombas V1 e V2 - letra “V” é a inicial da palavra alemã Vergeltungswaffe, que significa arma da vingança). Os motores Argus dos mísseis V-1