Puerto de Frutos - espanhol
O Puerto de frutos é uma cidade obrigatória para quem visita o Tigre. Um passeio por esse mercado tão peculiar tem suas surpresas.
Nasceu como um mercado, onde os habitantes das ilhas vendiam as frutas e verduras que colhiam em suas hortas. Mas o tempo muda tudo e o vime, que começou como ator coadjuvante, hoje se eleva a ator principal.
Os primeiros vimeiros se remontam a 1855. Domingo Faustino Sarmiento introduziu plantações nas ilhas do delta do Rio Paraná, terras que reúnem as melhores condições para seu desenvolvimento. A princípio, o vime era usado apenas para confeccionar cestas fortes e leves que, simultaneamente, serviam para transportar a mercadoria ao porto.
As varas de vime são de grande flexibilidade, resistência e torção, e estas condições permitiram que os insulares as utilizassem para confeccionar assim como cestos, os móveis que precisavam para suas casas.
Os artigos que se vendem no local são feitos de vime inteiro, vime partido ou falso, que é uma tira bem fina que se extrai do coração da vara. Sem dúvida, o mais resistente é o inteiro. Muitas vezes, eles são combinados de modo a que os desenhos não tenham uma aparência uniforme.
Às vezes, os insulares usam o vime natural, ou seja, os tiram da casca. Neste caso, seu aspecto é bem claro. Outras, o fervem sem descascar em grandes caldeiras para que obtenham uma cor mais escura.
Outra planta que tira vantagem da região é a cana, que cresce na água. Como não serve para fazer móveis, é utilizado para confeccionar cortinas.
As flores secas são também utilizadas extensivamente na área. Antes de colocá-las para secar, mergulhe-as em piscinas com glicerina, para que uma vez secas, seu aspecto seja fresco e esponjoso, e ao tocá-las, suas pétalas não se rachem. Também existem tintas que dão cor às espigas de milho, ou ramos de bambu.
Pouco a pouco, os postos de vime foram dando lugar aos de verdura. Hoje, há apenas algumas lojas que vendem frutas cítricas, ameixas e marmelos