Publico
Os dados da indústria, do comércio varejista e do mercado de trabalho que foram divulgados até o final de abril corroboram o nosso cenário de crescimento para o PIB de 0,8% no 1ºt13 contra o 4ºt12 (+0,6% no período anterior). O destaque positivo veio da produção e da importação de máquinas e equipamentos, compatíveis com uma recuperação dos investimentos em ativos fixos. Continuamos projetando 2,7% para o crescimento do PIB em 2013.
A possibilidade de um crescimento menos desequilibrado, a velocidade de recuperação em linha com o potencial até o final de 2013 e o aumento das incertezas com o cenário externo foram mencionados pelo Banco Central na ata da reunião do Copom de abril como o pano de fundo as decisões de política monetária, que devem ser na velocidade de 25 bps por reunião (assim como em abril) e completando um ciclo total de no máximo 100 bps de ajuste da taxa Selic.
Mas, os índices de difusão dos aumentos de preços no IPCA superaram em muito as médias históricas nos últimos seis meses; os núcleos do IPCA continuaram em níveis elevados; e a inflação acumulada em 12 meses até março superou o teto da meta de 6,5%. A expectativa é de desaceleração do IPCA no 2º trimestre para 0,3% na média mensalcontra 0,6% no 1º quadrimestre, puxada por menor pressão dos alimentos e impacto de descontos de tarifas. A nossa projeção para o IPCA em 2013 está em 5,8% (6,0% em 2014).
Com a divulgação da ata da reunião do Copom realizada em abril, a Itaú Asset Management alterou para 0,25 p.p. a velocidade mais provável dos próximos aumentos da taxa Selic no cenário básico ao invés de aceleração para 0,50 p.p. em maio e julho. Assim, considerando a alta que já foi anunciada pelo Copom em abril, o nosso cenário básico é um ciclo total com tamanho de 1,0 p.p. Ao final deste ciclo, a taxa Selic atingiria 8,25% ao ano contra 7,25% em março. Riscos para o cenário de 2014 poderão ser expectativas desancoradas e deterioração fiscal mais pronunciada. Por ora, não existe