Úlcera por pressão
1.1 Justificativa
Observa-se que atualmente apesar da alta tecnologia e modernização dos tratamentos de saúde, a incidência e prevalência da úlcera por pressão continuam altas, especialmente em relação ao paciente hospitalizado, sendo que estas úlceras são consideradas uma das principais e importantes causas de mortalidade e morbidade, vindo a afetar a qualidade de vida dos pacientes e respectivamente de seus cuidadores e/ou familiares, gerando altos custos médicos em relação aos cuidados e tratamentos.
Nesse contexto, verifica-se que a prevenção é a forma mais indicada para minimizar o risco de desenvolver a úlcera por pressão. Uma vez que a ocorrência dessa lesão aliada à patologia do paciente gera um agravamento maior no estado geral do mesmo gerando uma permanência maior dentro de uma UTI.
O paciente internado na UTI passa a ser vulnerável a uma diversidade de procedimentos, entre os quais, ressalta-se as sondagens vesicais, nasoenterais ou nasogástricas, cateter para acesso venoso ou ainda, sujeito a hemodinâmica invasiva e entubação orotraqueal para suporte ventilatório¹, deixando-o vulnerável de complicações como infecções, decorrentes do estado invasivo que são inerentes a esses procedimentos7. Da mesma forma, ficando também suscetível ao desenvolvimento de atrofias musculares e ao aparecimento da Úlcera de Pressão (UP), elemento do presente estudo²-³.
Ressalta-se que as úlceras de pressão são denominadas de úlceras de compressão, úlceras de decúbito ou ainda de escaras, que são consideradas feridas crônicas, decorrentes de áreas submetidas a processo constante de isquemia, consequentemente resultando em morte tecidual além de ser uma via de acesso para infecção4.
Dealey5 destaca que, na ultima década, a úlcera de pressão tem sido encarada como sendo uma falha do tratamento, resultante da má qualidade em relação à assistência dos profissionais que lidam diariamente com esse