Psyche
Segundo Reale & Antiseri (1990), um dos raciocínios fundamentais feitos por Sócrates para provar essa tese é o seguinte: uma coisa é o instrumento que se usa e a outra é o sujeito que usa o instrumento. Ora, o homem usa o seu corpo como instrumento, o que significa que a essência humana utiliza o instrumento, que é o corpo, não sendo, pois, o próprio corpo. Assim, à pergunta "o que é o homem?", não seria lógico reponder que é o seu corpo, mas sim que é "aquilo que se serve do corpo", que é a psyché, a alma. Esta mesma alma seria imortal e fadada a reencarnar tantas vezes fosse necessárias até a alma se aperfeiçoar de tal forma que não precisasse mais voltar a este planeta.
Psyche para Platão: A psyché em Platão é tratada em seu pensamento como tendo três partes: racional; irascível e concupiscível. Essa alma tripartida se distribuiria no corpo humano também em três partes, respectivamente: cabeça; peito e baixo ventre correspondendo à razão, vontade e desejo humanos. Em suas abordagens alusivas quanto à alma, Platão também traz a alegoria da classificação da distribuição dela em uma carroagem composta pelo cocheiro (razão), pelo cavalo branco (irascível) e pelo cavalo preto (concupiscível). Platão consegue desvencilhar o corpo da alma criando um lugar exclusivo para elas. E, em sua classificação, o lugar mais perfeito, o Hades, só seria alcançado pelo verdadeiro filósofo.
Psyche para Aristóteles: A "alma" (psyche), para Aristóteles, é a causa dos fenômenos vitais, podendo ter diferentes tipos ou níveis de complexidade. Ela é mais simples nos vegetais, tendo apenas as capacidades de nutrição, crescimento e reprodução (porém, para