Psicóloga

442 palavras 2 páginas
O desenho da Criança no diálogo com a cultura
Lavelberg, R.

Vários estudos revelam que o desenho é uma atividade natural da infância, é algo livre, espontâneo e de auto-expressão, o que vai se transformando ao longo do desenvolvimento em etapas diferenciadas. Os autores que defendiam esta posição acreditavam que as transformações na estrutura dos desenhos mudavam dependendo da fase que essas crianças se encontravam, e as orientações educacionais indicavam que quanto mais apoio dos pais ou dos professores mais essas crianças desenvolveriam o seu potencial.
Defensores do desenho espontâneo e livre das crianças e jovens reconheciam que o desenho infantil deveria ser separado da arte adulta, e que as crianças e os jovens poderiam desenvolver seu potencial independente do molde adulto. Esta é uma visão da escola renovada a qual tem o foco no aprendiz ativo e são avessos a cópias e outros métodos menos criativos. A escola tradicional valorizava a análise dos produtos na perspectiva do adulto, enquanto a renovada valorizava e buscava explicitar a perspectiva da criança.
A criança traz para seu desenho aspectos sociológicos, ou seja, sua vivencia em variados contextos. O desenho tem função simbólica e traz consigo códigos das culturas e de observação de outros desenhos. Deve se observar como foi construído e o que significa o desenho para aquela criança e não apenas analisar na perspectiva do investigador.
O fato das crianças perceberem que estes adultos esperavam que elas desenhassem conforme os moldes adultos geravam bloqueios na criatividade de desenhar dessas crianças, pois os mesmos acabavam acreditando que não tinham jeito para coisa e acabavam fazendo uma auto-avaliação negativa de si.
A criança e o jovem ao perceber que podem aprender com o outro e que se trata de uma construção social e não irá perder a criatividade ao sofrer influencias de outra pessoa se apropria desta fonte e percebe o quanto ela será favorável a

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