Psicóloga

1004 palavras 5 páginas
Razão servil e Filosofia na contemporaneidade

A razão percorre um caminho ascendente desde o Renascimento, tendo seu apogeu e maturidade como critério a partir do Iluminismo no século XVIII (“Sapere aude!1”). Em decorrência de seu crescente desenvolvimento, sua posição passou a ter o privilégio e domínio do pensamento, sendo pontuada pela técnica instrumental. Contudo, chegando ao século XX os pensadores iniciam um questionamento e o que se percebeu é que tal razão não era tão favorável ao homem quanto parecia, pois esta acabou se tornando instrumental. O fato é que essa razão instrumental levou o homem a encarar um vazio de sentidos, culminando na crise dela mesma, do sujeito, da Filosofia. Assim, o cenário que se tem hoje é de uma crise de sentidos e niilismo, na qual a Filosofia se pergunta qual o seu lugar.
Conforme apresenta Perine (2002, p. 50), a razão humana pode dividir-se em dois âmbitos relacionáveis entre si, o da razão técnica e o da razão teórica. Tais aspectos se relacionam em situações de contradição ou complementaridade, dependendo tal ocorrência de como são entendidas e vividas. Segundo o autor, esses dois aspectos hoje estão em situação de oposição, o que desencadeia uma realidade incoerente. Assim, pode-se complementar a ideia apresentando a leitura de Lima Vaz (1994, p. 11), na qual mostra a oposição entre sujeito e razão (aqui, apresentada como instrumental). Porém, “não existe razão técnica que não seja também, em alguma medida, razão teórica” (Perine, 2002, p. 50).
A leitura filosófica da crise atual, denominada enigma da modernidade, “enigma de uma civilização tão prodigiosamente avançada na sua razão técnica e tão dramaticamente indigente na sua razão ética” (Lima Vaz, 1991, p. 11) foi formulada pelo autor na década de 90 e mostra-se clara sua leitura nas palavras de Perine (2002, p. 51): “... os conceitos de ética, sociedade, razão teórica e razão técnica encontram-se em contraste, senão em oposição entre si, gerando, a meu ver,

Relacionados

  • Psicologa
    981 palavras | 4 páginas
  • Psicóloga
    510 palavras | 3 páginas
  • Psicóloga
    2409 palavras | 10 páginas
  • PSICOLOGA
    5276 palavras | 22 páginas
  • Psicologa
    3282 palavras | 14 páginas
  • Psicologa
    7917 palavras | 32 páginas
  • Psicóloga
    845 palavras | 4 páginas
  • Psicologa
    4816 palavras | 20 páginas
  • psicologa
    716 palavras | 3 páginas
  • psicologa
    14728 palavras | 59 páginas