Psicóloga
Essa questão é extremamente controversa. Há pediatras, fonoaudiólogos e dentistas que ao saber que o bebê está chupando o dedo, incentiva a mãe a oferecer a chupeta. Há estudos que os apóiam nesta decisão. Mas há estudos que dizem o contrário. E alguns meses antes de surgir a idéia deste livro, surgiu na lista de discussão da qual fazemos parte um interessante texto da Andréia Stankiewicz, que é dentista odontopediatra e ortopedista dos maxilares. Texto com o qual eu concordo e no qual me baseio para as informações que se seguem.
Na boca, o dedo fica numa posição mais parecida a do peito do que a chupeta. Ele deixa a língua numa posição mais anteriorizada, mais próxima ao natural. Já as chupetas por terminarem logo na entrada ou no meio do céu da boca, acabam por empurrar a língua para trás. Com essa diferença de posicionamento, o dedo não interfere na amamentação, diferentemente da chupeta.
Chupar o dedo é natural desde o útero, faz parte da experimentação do bebê. E durante o nascimento dos dentes é natural se acentuar. Com o desenvolvimento do bebê vão aparecendo outros estímulos e se tudo correr bem, amamentação exclusiva por 6 meses, prolongada até 2 anos ou mais, desmame gradual e prolongado, o bebê tiver chances de explorar o ambiente e seu desenvolvimento estiver normal, o bebê vai largar o dedo naturalmente, inclusive porque ele não consegue engatinhar, brincar e experimentar o ambiente com o dedo na boca. Já a chupeta não foi uma escolha dele, foi imposta, e pode facilmente acompanhá-lo nessas atividades. O que estimula seu uso indevido, logo, dificulta a sua retirada. Que novamente é feita quando os pais acham melhor.