psicoterapia infantil
Este trabalho foca uma população frequentemente encontrada e de difícil tratamento que são crianças com transtornos de comportamento. As crianças sobre as quais se escreve neste trabalho são aquelas que reúnem os critérios para transtorno de comportamento leve a moderado e/ou transtorno de oposição desafiante (DSM-III-R) e que exibem capacidade de se sentirem culpadas. Essas crianças frequentemente são impulsivas, expressando-se mais através de ação do que por palavras.Aqui serão oferecidos um trio de terapias adaptadas especificamente para este grupo. Estas técnicas não visam apenas o alívio dos transtornos de comportamento e seu impacto na família, mas também em relação ao prognóstico negativo que o transtorno implica. Todas essas crianças se encontram sob um sério risco para desenvolvimento de psicopatologia adulta. O presente trabalho procurou fazer um apanhado das idéias de Kernberg e colaboradores, 1993 na obra intitulada: Crianças com transtorno de comportamento: Manual de Psicoterapia. Para a elaboração da conclusão, onde é feita uma avaliação sobre a técnica descrita e a psicoterapia breve, foi usado o artigo intitulado:”Considerações sobre o emprego da Psicoterapia Breve Psicodinâmica. ”, de Maria Leonor Espinosa Enéas, 1999.
2- PERSPECTIVAS TEÓRICAS
A linha teórica é a teoria psicanalítica do ego e das relações objetais.De acordo com esta perspectiva as crianças com transtorno de comportamento experenciam dificuldades dentro de seus mundos íntimos devido a deficiências nas estruturas básicas da personalidade e relacionamentos que levam a integração saudável. Ao longo de seu desenvolvimento estas crianças tendem a internalizar imagens parentais negativas associadas a sentimentos negativos. Há uma formação de um auto-conceito negativo com baixa auto estima e disforia. As crianças com este transtorno compartilham um sentimento básico de serem desamadas e desprotegidas. O transtorno