Psicoterapia Gestalt Infantil
Já ao nascer o bebê começa a experenciar o aparecimento de necessidades básicas de sobrevivência e a satisfação dessas necessidades é a condição para que ele alcance o equilíbrio: ponto vital para seu crescimento saudável. No entanto o desenrolar desse processo depende da presença e atuação dos pais, em função da dependência experimentada pelo bebê dentro da sua condição. O mesmo expressa suas necessidades primeiro pelo choro, mais tarde através da fala, e “pede” ou “espera” a partir dessas manifestações que o adulto (pai/mãe ou cuidador) atue satisfatoriamente a nível de suprir suas necessidades e colaborar com ele para a busca do equilíbrio ou homeostase. Dessa forma o estar no mundo para a criança sofre um certo nível de determinação parental. Tendo os pais um papel significativo nesse processo, pois a postura assumida por eles diante da ação da criança é uma poderosa força orientadora da maneira com que ela aprende a se colocar no mundo. Um outro fator determinante para o desenvolvimento da criança pode ser encontrado no campo onde ela estende suas relações extra-familiares. Normalmente o que ocorre é um comprometimento do sistema familiar, em que um dos seus membros é o eleito na manifestação mais explícita dos sintomas, mantendo a “coesão” desta família. Porém, se o eleito mantém a “coesão” familiar o que a faz procurar a terapia? Segundo Minuchin, “querem que o terapeuta mude a situação, sem mudar os padrões transacionais preferidos. De fato a família está solicitando o retorno à situação como era, antes dos sintomas... se tornarem não desejáveis”. Quando a criança chega à psicoterapia, em muitos casos, a situação já está complicada. Seja qual for o comportamento que ela manifeste já se encontra bem acentuado. O que vem a retratar a dinâmica familiar no que se refere à dificuldade em reconhecer que há algo errado e que se faz necessário ajuda psicológica. Admitir