Psicoses

4892 palavras 20 páginas
INTRODUÇÃO

Este trabalho discute a questão da Psicose, em seus dois tipos clínicos; a paranóia e a esquizofrenia, a partir da Psicanálise. Segundo Quinet (2000), sabe-se que, o indivíduo chega ao mundo, antes mesmo do aparecimento do sujeito do significante, como objeto. A criança realiza a presença do objeto a, designado por Lacan, citado por Quinet. Esta identificação ocorre a partir da relação da criança com a mãe, tornando acessível a esta, o que falta ao sujeito masculino, ou seja, o objeto de sua existência aparecendo no real (LACAN apud QUINET, 2000). Porém a partir do complexo de Édipo, colocando em operação a metáfora paterna há como efeito a inclusão da falta, da castração do Outro. Assim, na neurose o Outro é “um deserto de gozo”, “barrado pelo significante da castração” (QUINET, p. 108, 2000). Isto não ocorre na Psicose. Para entender melhor é necessário recorrer a Lacan, e o faremos por meio de Quinet (2000). Lacan define discurso como Laço social, para ele é por meio da linguagem que se estabelecem relações no interior das quais se registram enunciados primordiais. Assim o sujeito está dentro da linguagem, habitando nela, como o neurótico dentro do discurso. Porém o psicótico se estabelece fora dele. Para Quinet (2000), o psicótico é sujeito ao significante, mas sua relação com ele é problemática, devido à foraclusão do Nome-do-pai. Isto resulta no fato do psicótico se encontrar submetido a um gozo infinito, não coordenado ao falo, sendo ele próprio o objeto do gozo do Outro. Assim, o Outro para o psicótico goza, pois não é barrado. Tanto na esquizofrenia, quanto na paranóia, encontramos o mesmo mecanismo, a foraclusão do Nome-do-pai no lugar do Outro, porém há diferenças clínicas fundamentas, é o que veremos mais adiante. Este trabalho encontra-se dividido em quatro seções principais. A princípio, iremos nos ater à Psicose de uma maneira geral, após trataremos em específico da Esquizofrenia, e em seguida

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