Psicopedagogo no cenário atual
Uma das instituições que mais sofre com as transformações políticas, econômicas e sociais que varreram o planeta nas últimas décadas foi a escola. Organização monolítica e secular, com alicerces firmemente construídos na tradição do saber formal, a escola, organismo complexo, tem grande dificuldade de se moldar os avanços da sociedade, ao progresso e, consequentemente, ao futuro.
Os avanços existem, certamente, mas seu ritmo dificilmente combinará com as demandas de uma sociedade em contínua busca pelo novo, e o futuro que se avizinha não parece demonstrar nenhum arrefecimento na ânsia da busca por conhecimento e pelo bem estar que este traz em seu bojo.
Assim, novas profissões devem ser criadas pari passu com essas novas demandas. A visão de mundo do futuro profissional, por exemplo, alarga-se a passos rápidos, exigindo das instituições que o preparam para essa nova realidade igual celeridade e a mesma flexibilidade.
Mas o ritmo de modernização da escola, em particular da escola pública, dificilmente estará equilibrado com o que dela se exige e por isso, também a tradicional, sólida e pétrea organização tem de desenvolver novos talentos, novas ferramentas de saber e, por conseguinte, novas profissões.
Reflete-se no aprendizado do início do ciclo escolar essa mesma necessidade de rapidez, fluidez e plenitude de saberes com que se vê às voltas os jovens egressos, por exemplo, do ensino médio. O aprendizado deve ser veloz, completo e, principalmente, objetivo.
Para isso, todos os conceitos de ensino e aprendizagem foram (e atualmente ainda o são) revistos, e percebeu-se que somente professores e gestores educacionais, sem um apoio filosófico, sociológico e científico, não conseguiriam estar à altura das novas atribuições da nova escola.
O psicopedagogo surgiu para funcionar como um elo entre a nova sociedade e a nova escola, criando novas formas de relacionamento entre o repositório de saberes – a escola – e o sujeito do