Resina Composta
As resinas compostas propriamente ditas apareceram no mercado como evolução das resinas acrílicas restauradoras. A estrutura orgânica das resinas foi bastante modificada para melhorar sua estabilidade e, com a finalidade de aprimorar as propriedades mecânicas desses materiais, também houve a inclusão de componentes inorgânicos tratados para possibilitar uma interação entre essas duas fases. BOWEN, 8 em 1956, acrescentou ao metacrilato de glicidina um bisfenol, formando o Bis-GMA. Essa estrutura era mais estável dimensionalmente, pois sofria menor contração de polimerização, alem de apresentar um coeficiente de expansão térmica mais baixa e porosidades internas menores. As novas resinas foram denominadas convencionais, tradicionais ou macropartículas. Quando comparadas as resinas acrílicas restauradoras apresentavam melhores propriedades, no entanto, deixavam a desejar, entre outros aspectos, em relação às desgaste e a rugosidade superficial. O desgaste ao longo do tempo acarretava perda de contorno, já a rugosidade de superfície, que era alta mesmo depois do polimento, aumentava ainda mais o avanço do desgaste, facilitando acumulo de placa e agressão ao complexo periodontal.
Resinas Compostas de Micropartículas Para contornar o problema da rugosidade superficial excessiva, houve uma modificação drástica na composição e no tamanho das partículas de carga. Surgiram, então, no inicio dos anos sessenta, as resinas de micropartículas. O componente inorgânico dessas resinas era a sílica coloidal e o tamanho médio das partículas obtidas era de 0.01 a 0.1 micrometros. Com a modificação na estrutura inorgânica das resinas compostas significativas alterações puderam ser observadas, tanto nos resultados clínicos