A VIOLÊNCIA NA ESCOLA E GESTÃO DEMOCRÁTICA: O PAPEL DO DIRETOR Lúcia Salete Celich Dani1 Márcia Simone da Silva Bordin2 Resumo: A violência sutil apresenta-se como um processo crescente e contínuo que encontra no ambiente escolar uma cultura que a mascara, levando muitos a confundirem e denominarem como “brincadeiras comuns na infância”. Entendemos que a equipe diretiva é um dos elementos da comunidade escolar que possibilita a construção de um ambiente sociomoral cooperativo e de acolhimento ao outro, buscando alternativas para reduzir a violência escolar. Este papel aponta para a importância de se investigar como diretores, supervisores, orientadores e coordenadores percebem e compreendem as situações de violência (fenômeno bullying) dentro da escola, e quais ações são tomadas frente a essas situações. O projeto de pesquisa intitulado: “A violência na escola e a gestão democrática: o papel do diretor” direcionou-se para o estudo bibliográfico sobre a temática e na realização de entrevistas semiestruturadas com professores que compõe a equipe diretiva. Foram realizadas 17 entrevistas em 7 escolas do município de Santa Maria – RS, assim distribuídas: 2 particulares, 4 municipais e 1 estadual. Colaboram nas entrevistas: 3 diretores, 3 vice – diretores, 4 supervisores, 4 orientadores e 3 coordenadores. Os resultados revelaram que: alguns entrevistados negam a existência da violência dentro de sua escola; outros afirmam haver violência destacando que não é nada grave, são discussões, brigas, brincadeiras de mau gosto, agressões verbais, etc. Quanto às ações da equipe diretiva, a grande maioria diz tomar providência comunicando os pais dos envolvidos nos conflitos. Palavras–chave: Violência. Escola. Gestão democrática. Reflexões Iniciais A violência apresenta-se como um problema social que atinge proporções mundiais e, hoje, presente em todos âmbitos da sociedade, entre eles, a escola. As diferentes manifestações da violência na escola apontam para a necessidade de