psicopatologias
4.1 - INTRODUÇÃO
Subjacente ao comportamento social do indivíduo e às manifestações de sua vida psíquica encontramos as estruturas neurológicas e seu funcionamento neuroendócrino e bioquímico. O estímulo aferente dos orgãos dos sentidos chega à área sensitiva primária, via medula, mesencéfalo e tálamo. A área associativa parieto-temporo-occipital integra e elabora os estímulos e constitui o substrato simbólico-abstrato da experiência sócio-cultural. O lobo frontal tem um papel central de ligação entre esta área e os centros do comportamento "ancestralmente apreendido" (amígdala, hipocampo, septo, giro do cíngulo ou sistema límbico e núcleo estriado) e os centros dos instintos vitais de base (hipotálamo, hipófise, sistema reticular ativador e o sistema nervoso autônomo simpático e parassimpático). À nível desta ligação se situa a ação de controle do tono afetivo (Ganon, 1977).
4.2 - O ESTRESSE
A palavra stress, na língua anglosaxônica, tem uma origem tecnológica: ela descreve a ação de uma força que deforma um corpo. O termo inglês stress, ou o francês astreinte, descreve as perturbações biológicas e psíquicas frente a fatores de agressão e o termo contrainte exprime o sofrimento que experimenta uma pessoa submetida a uma pressão, a quem se impõe uma atitude que, em princípio, contraria sua vontade ou desejos. O estresse indica que há dificuldades no processo de adaptação. Em intensidades e freqüências elevadas, o organismo se tornará incapaz de reequilibrar-se homeostaticamente e adoecerá (Lafontaine, 1995). Previllé (1995) afirma que o estresse psicológico envolve duas síndromes fortemente correlacionadas: depressão e ansiedade. Cada uma destas síndromes tem componentes psicológicos e somáticos.
Em fisiologia, a pesquisa sobre o estresse fundamentou-se nos estudos de Claude Bernard (1945) e W. Cannon (1914) que colocaram em relevo a importância da homeostasia e o papel da adrenalina, e as de H. Selye (1976) que