Psicopatologia
Junho, 2011
Sumário
1. Parte I.................................................................................................................... 3
2. Parte II.................................................................................................................. 7
3. Parte III............................................................................................................... 12
4. Referências Bibliográficas.................................................................................. 14
5. Anexos................................................................................................................ 15
1. Parte I – Considerações teóricas
Observa-se que o atual tratamento para com os doentes mentais, tanto em termos de relacionamento interpessoal como de processos jurídicos, é produto de uma representação social acerca da doença mental construída e fomentada por nossa sociedade. Este trabalho tem por objetivo apontar, com base na história da saúde mental e em dados atuais de experiências vividas pelas pesquisadoras durante a semana da luta antimanicomial, elementos culturais que possam permear a atual representação social da doença mental.
Segundo Ornellas (1997) uma das primeiras referências da loucura data do século XIX, na qual a loucura era sinônimo de doença, e que tinha por causa o fator moral, isto é, o louco era destituído da moralidade. Havia uma justaposição entre medicina e justiça, pois o médico, ao declarar que um indivíduo não estava apto a viver em sociedade, então retira-lhe direitos civis. Assim, leis são criadas neste processo de institucionaliazação da loucura. A loucura era tratada como a divisão entre a razão e a vontade, de modo que o louco só estaria protegido no hospício, já que este era um espaço social seguro.
A começar por Descartes, o ser pensante era munido de razão. Sendo assim, o louco não poderia ser considerado alguém que pensa, muito menos,