Psicopatologia e semiologia dos transtornos mentais
Para medir a inteligência de um adulto é usada a Escala Wechsler de Inteligência Adulta (WAIS), como o teste Wechsler para crianças, ele tem subtestes que fornecem escores separados. Os itens não são classificados por idade, e sim por escores. Os onze escores nos subtestes são combinados em um QI verbal e um QI de desempenho, e um QI total.
Quando adultos fazem testes psicométricos como esses, os que tiveram escores elevados quando crianças geralmente saem-se melhor, eles também tendem a ser mais saudáveis, ter melhor nível de instrução e melhores condições socioeconômicas do que adultos que têm escores mais baixos. Essas diferenças individuais persistem até a meia-idade, entretanto, quando se trata de como a inteligência muda com a idade, o quadro não é tão claro. Em estudos transversais, nos quais as pessoas de diferentes idades foram testadas ao mesmo tempo, os jovens adultos saíram-se melhor do que os adultos mais velhos, no entanto, esse pode ser um efeito geracional. Os escores de QI têm aumentado regularmente no mundo inteiro em média 15 pontos em 50 anos (Neisser et al., 1995).
Em contraste, estudos longitudinais, nos quais as mesmas pessoas são testadas periodicamente ao longo dos anos, tem demonstrado um aumento de inteligência pelo menos até os anos 50 (Bayley & Oden, 1955; Botwonick, 1984; W. A. Iwens, 1966; Kangas & Bradway, 1971). Uma complicação adicional é que o desempenho cognitivo parece ser irregular durante a idade adulta com diferentes habilidades atingindo seu auge em épocas diferente. Com base nos resultados do WAIS e outros testes psicológicos, John L. Horn (1967,1968,1970,1982a, 1982b, Horn & Hofer, 1992) e Raymond B. Cattell (1965) propuseram uma distinção entre a inteligência fluida e cristalizada.
A inteligência fluida é a capacidade de aplicar poderes mentais a novos problemas que exigem pouco ou nenhum conhecimento prévio. Ela envolve a percepção de relações, a formação de conceitos e a