Psicopatia
Ana Carolina Prado 23 de novembro de 2011
Psicopatas não apresentam emoções ou compaixão, nem culpa pelo que fazem. Nunca. E, por não serem afetados por ansiedades e serem pura razão, conseguem usar sua inteligência de uma forma bem mais eficiente do que o resto das pessoas (as nossas emoções muitas vezes nos levam a fazer coisas nada espertas, afinal).
E por que isso acontece? A neurologia já sabe que os “circuitos” do cérebro de um psicopata (pelo menos daqueles que cometem crimes) são fisicamente diferentes dos de uma pessoa normal e que eles ativam menos certas partes do cérebro relacionadas a julgamentos morais. Isso explica a sua incompetência para sentir o que é certo e o que é errado. Um novo estudo conduzido pela Universidade de Wisconsin-Madison fez descobertas mais específicas.
Em uma prisão de segurança média, os pesquisadores compararam o cérebro de 20 presos com diagnóstico de psicopatia com os de 20 outros presos que cometeram crimes semelhantes, mas não tiveram esse diagnóstico. O resultado mostrou diferenças importantes entre os dois grupos.
Estrutura cerebral diferente
Basicamente, os psicopatas têm menos conexões entre o córtex pré-frontal ventromedial (ou vmPFC, uma parte do cérebro responsável por sentimentos como empatia e culpa) e a amígdala, relacionada ao medo e ansiedade.
Dois tipos de imagens cerebrais foram coletados. Imagens com tensor de difusão (ou DTI, um tipo de ressonância magnética que obtém imagens de tecidos biológicos a partir da difusão da água entre as células) mostraram uma redução da integridade estrutural das fibras de substância branca que ligam o vmPFC e a amígdala. Imagens feitas com ressonância magnética funcional (fMRI), por sua vez, mostraram menos atividade coordenada entre os dois.
Faça o teste: Você consegue reconhecer um psicopata?
Em outras palavras, essas duas estruturas cerebrais, que os cientistas acreditam serem responsáveis por regular as