Psicopatia
A discussão acerca da psicopatia iniciou por filósofos e psiquiatras que passaram a estudar a relação de livre arbítrio e transgressões morais, questionando se alguns indivíduos seriam capazes de entender a consequência de seus atos.
Hervey Cleckley, em 1941, tornou-se o principal autor a escrever sobre a psicopatia, com o livro tematizado “The mask of sanity”. Na tentativa de definir o termo transtorno de personalidade antissocial e outras terminologias problemáticas. Propôs então substituir o psicopatia e colocar o rotular essa personalidade doentia de “demência semântica”, deixando evidente o que ele via de mais importante nesta síndrome, que foi a tendência que os observados tinham de dizer uma coisa e fazer outra. Cleckley esclarece que os psicopatas não são necessariamente criminosos. São indivíduos que possuem determinadas características (falta de sentimento de culpa, impulsividade, emoções superficiais, charme superficial, dentre outras.) Tendo até bom intelecto para serem homens de negócio, cientistas, físicos e até mesmo psiquiatras.
Atualmente, a psicopatia é entendida pelos estudiosos como um tipo de personalidade que tem como principais características a falta acentuada de culpa, remorso e preocupação empática com os outros. Psicopatas parecem carecer de emoções, não se importando com o sofrimento alheio, eles são superficialmente encantadores, manipuladores, egocêntricos e têm um senso de grandiosidade exacerbado. Tendem a ser impulsivos, costumam assumir riscos e não planejar o futuro.
Cleckley presentou uma concepção definitiva da psicopatia em seu livro “The mask of insanity”. Ele foi capaz de identificar na década de 40, 16 características diferentes que definem ou integram o perfil clínico dos psicopatas. Em resumo, as características são as seguintes:
1) Charme superficial e boa inteligência;