psicometria
O desemprego e a saúde mental têm uma ampla relação estando intimamente ligados um ao outro, porém, são insuficientemente estudados. Para Borges e Tamayo (2001 apud Pinheiro e Monteiro 2007) trabalhar e ter um emprego possui sentidos individuais e sociais, “é o meio de produção da vida de cada um, criando sentidos existenciais ou contribuindo na estruturação da personalidade e da identidade”. De acordo com Vasconcelos e Oliveira (2004 apud Pinheiro e Monteiro 2007) muitos trabalhadores não possuem outro elo social fora do convívio familiar, além de seus empregos diários. Por isso, é necessário refletir, sobre as situações do trabalhador que se encontra fora do seu meio de trabalho, sendo que isso pode trazer sérias conseqüências para sua saúde mental, uma vez que esse trabalho lhe representa algo tão significativo e de um lugar de reconhecimento na sociedade. É fato que o desemprego assusta, e afeta o funcionamento do trabalhador que vê o desemprego como uma posição social. Os índices de desemprego tendem a aumentar cada vez mais, como por exemplo, em indústrias que tendem a comprar cada vez mais novas tecnologias para serem empregados nos lugares das forças humanas de trabalho.
As autoras Pinheiro e Monteiro (2007) afirmam que a relação entre os transtornos mentais e o desemprego dos trabalhadores ainda não está totalmente compreendido e explícito. Tendo em vista os diferentes tipos de desemprego, por exemplo, saída de um emprego monótono, ser demitido, limitador as habilidades de um indivíduo, todos esses exemplos podem sim trazer efeitos negativos a saúde mental dessas pessoas.
“O desemprego trás no seu bojo questões mais específicas da clínica, que se estendem desde o prejuízo na auto-estima (Sarriera, 1993 apud Pinheiro e Monteiro 2007) até os casos relacionados com suicídio (Gunnell et al., 1993 apud Pinheiro e Monteiro 2007).” O autor Stewart (2001 apud Pinheiro e Monteiro 2007) afirma que, a relação entre desemprego