Psicologia
Eis aqui então um post onde comento assimilaridades e diferenças entre essa modalidade de terapia e o Behaviorismo Radical. Mas, especialmente, mostro a Gestalt sob um olhar comportamental.
Acho que uma boa forma de começar é dizendo que o fundador da Gestalt, Fritz Perls (esse barbudo aí do lado esquerdo), foi um psicanalista influente. Ou seja, Perls parte da noção de inconsciente e das tópicas freudianas. Porém em um dado momento de sua carreira, Perls rompe com a Psicanálise para propôr uma terapia de método diferente.
No início o nome de sua invenção era "Terapia da Concentração", pois Perls acreditava que o paciente precisava prestar melhor atenção aos seus sentimentos, estados físicos, pensamentos, para"fechar uma figura melhor", e fazer uma boa "relação figura-fundo".
Perls explica que nossos dilemas são estímulos complexos, cuja compreensão pode ser ambígua e confundir, como as imagens clássicas da Gestalt onde a figura e o fundo se misturam. Se fizermos uma boa figura-fundo, encontramos um ponto ótimo onde os dilemas se resolvem.Através da concentração viriam os inisights do paciente, que são o motor da cura, pois eles possibilitam o que Perls mais tarde chamou de "awareness" (dar-se conta de algo). O papel do terapeuta é tão somente facilitar as coisas para que o paciente chegue aos insights resolvedores-de-problemas, para isso usando do método fenomenológico para se isentar de interferências na compreensão do paciente.
A Gestalt Terapia só ganha contornos mais delimitados em 1951, quando Perls propõe que sua prática é "orientado a experimentos". Isso quer dizer que o terapeuta deve propor experimentos para o paciente fazer, sendo que esses experimentos são qualquer atividade que provoque "awareness", insights. Segundo uma linha que lembra muito o Orientalismo, muitos desses experimentos eram de consciência corporal, envolvendo posturas de relaxamento e respiração, mas também interpretar