Platão e filosofia da educação
Platão não era um simpatizante da democracia, para ele a visão educativa tinha por objetivo um estado perfeito, em especial a formação dos Guardiões, sábios que teria a finalidade de defender a cidade.
Para Platão não deveria ter um governador aristocrata ou um nobre,ele tinha que ser escolhido pela sabedoria, deveria governar com os olhos da alma, renunciar sua própria vida em favor da comunidade. Ele explicava sua tese educacional a partir da “Alegoria da Caverna”, onde o homem devia se libertar dos conhecimentos falsos, enganosos. Como isto não acontece de imediato o estudo seria um processo longo, pois segundo Platão, só através do conhecimento poderia se revelar uma alma Filosófica, uma alma que chegasse ao topo do conhecimento. Este governante apesar do seu conhecimento, não deveria se gabar disto, mas tinha que ser humilde o bastante para voltar ao mundo da escuridão e com seu olhar mais apurado, ajudar os que lá vivem com maior nitidez no escuro.
O rei-filósofo tem como objetivo não adquirir riquezas ou ser idolatrado, mas sim de ter a felicidade de poder ser um educador maior de todos, de poder fazer de seus concidadãos homens e mulheres melhores.
Platão implantou um sistema de ensino onde crianças deveriam ter acesso a educação desde a tenra idade, acreditava que elas eram corrompidas pelos pensamentos dos adultos, por isso deveriam ser tiradas cedo do convívio delas, e levadas para serem educadas em escolas, tanto as meninas como os meninos.
Na proposta platônica da educação, são percebidas preconceito em relação aos que não chegassem a este nível de conhecimento. Para Platão as massas seriam incapazes de algum dia opinar na política, pois não tinham inteligência o bastante. Isto foi bem notado em suas obras, A República, O Político e As Leis, onde diz que no Estado “vida privada e vida pública, amor e família, costumes e opiniões são submetidos ao poder sem limites do rei-filósofo, porque a verdade platônica não