Platão e a filosofia da educação

Platão e a Filosofia da Educação

A filosofia de Platão é uma constante em movimento, assim como a sua compreensão do homem revela um ser em constante construção. Em “A Republica”, ele questiona sobre a sociedade ideal, e orientou-se no sentido de determinar como constituir uma sociedade justa, sua organização, governo e a qualidade dos seus governantes.
Para Platão, a educação seria o ponto de partida e principal instrumento de seleção e avaliação das aptidões de cada membro da sociedade idealizada.
Sendo a alma um composto de três partes: o apetite, a coragem e a razão. Todos nascem com essa combinação, só que uma delas predomina sobre as demais. Platão propõe que se alguém se deixa envolver apenas pelas impressões geradas e motivadas pelo apetite ou aos prazeres da carne, termina pertencendo a classes inferiores, restando-lhes prestar os mais diversos serviços a sociedade.
Prevalecendo o espírito corajoso e resoluto, seguramente irão fazer parte da classe dos guardiões, os soldados responsáveis pela segurança da coletividade. Eles eram submetidos a um processo educativo árduo, exercícios físicos, educação do corpo incluindo a ginástica militar espartana, educação musical e poética, seguida de restrições a temas violentos, os educandos deveriam somente ouvir histórias heróicas e otimistas, desmitificando assim, contos e feitos como conseqüência das ações dos deuses e refreando os excessos motivados aos prazeres .
Porém, o individuo guiado pela sabedoria e pela razão, é obvio que apresenta as melhores aptidões para integrar-se nos setores dirigentes dessa almejada sociedade.
Um dos aspectos mais interessantes da utopia de Platão, é o que trata dos governantes, para ele, a sociedade ideal deveria ser governada pelos filósofos, ou pelo rei filósofo, porque somente o Homem sábio tem a inteira idéia do bem, do belo e da justiça. Consequentemente, ele terá menos inclinação para cometer injustiças ou de praticar o mal, impedindo os governados de se