Psicologia
1. Conceito de Família Disfuncional
1.1. Família
De uma forma geral, podemos definir a Família como uma mini sociedade no interior da qual existem regras, uma filosofia de vida, crenças, etc., cujas principais funções/preocupações são promover e manter o bem-estar individual de cada um dos seus elementos, a aprendizagem de relações positivas com o outro e a pertença positiva a uma sociedade.
Enquanto sistema activo, a família está em constante transformação, ou seja, trata-se de um organismo complexo que se altera com o passar do tempo para assegurar a continuidade e o crescimento dos elementos que a constituem.
Quando procuramos avaliar o tipo de funcionamento familiar, há 3 dimensões que é importante ter em conta: 1) A Coesão: definida como o vínculo emocional entre os membros do sistema familiar, de modo a manter a unidade ao mesmo tempo que possibilita a individualização dos seus elementos, sendo os principais conceitos identificados nesta dimensão: a ligação emocional, o apoio, as fronteiras, as alianças e coligações, a partilha do tempo e do espaço, os amigos, a tomada de decisões, os interesses e os tempos livres. O máximo da coesão denomina-se aglutinação ou enredamento e, no pólo oposto, encontra-se o desligamento ou desagregação;
2) A Adaptabilidade: capacidade da família de mudar os seus papéis e regras relacionais, em resposta a acontecimentos internos ou externos da vida familiar. Num extremo da adaptabilidade temos as famílias rígidas e no outro as caóticas ou sem regras;
3) A Comunicação: é a dimensão facilitante, na medida em que facilita as duas outras anteriores. As famílias equilibradas ou funcionais possuem mais capacidades positivas de comunicação, do que as famílias disfuncionais, cuja comunicação é negativa ou distorcida.
Desta forma, uma família dita funcional comporta-se de modo a realizar um equilíbrio nas suas relações e, de forma natural, todos os seus elementos irão