Psicologia
Uma Vida
Melanie Klein, uma das primeiras mulheres psicanalistas, reconheceu a contribuição de Freud, tanto do fundamento analítico da prática dos tratamentos com crianças quanto de uma grande corrente da psicanálise.
Melanie Klein passou por anos difíceis (1907-1914), nos quais fez numerosas viagens e tratamentos de repouso em decorrência de depressão. Melanie Klein deparou com a psicanálise, ao ler O sonho e sua Interpretação (Über den Traum, 1901), de Freud.
Em 1916, começou uma análise com Sándor Ferenczi, psicanalista húngaro, que lhe deu “a convicção da existência do inconsciente e de sua importância na vida psíquica”. O que melhor caracteriza Melanie Klein: a convicção; ela nunca se afastaria da completa convicção da realidade do inconsciente, da solidez dos fundamentos da psicanálise.
Ferenczi chamou-lhe a atenção para o dom que havia nela de compreender as crianças e a incentivou em seu projeto de se dedicar à psicanálise, mais particularmente com crianças. Se tornou membro da Sociedade Psicanalítica de Budapeste.
Se instalou em Berlim, comunicou seus primeiros tratamentos com crianças pequenas, dentre elas, seu filho e seu método, a técnica psicanalítica do brincar. Melanie Klein começou a ser reconhecida pelo valor de seu trabalho. Durante trinta e quatro anos, a vida de Melanie Klein foi completamente ligada à psicanálise, às atividades da Sociedade Britânica e ao movimento internacional.
A Técnica Psicanalítica do Brincar e suas descobertas
O interesse pelo pensamento de Melanie Klein, começou quando passou a escutar as crianças exatamente como fazia com os pacientes adultos.
A disposição de escuta era a mesma, o material dos pequenos pacientes que era na aparência diferente: eles falavam, mas também brincavam, desenhavam, construíam casinhas...
Melanie Klein identificara na conceituação de seu trabalho com crianças, a seguinte contradição: os princípios essenciais do tratamento são os mesmos para todos os pacientes,