psicologia
1. Introdução
A teoria proposta por Vygotski, defende a idéia de contínua interação entre as mutáveis condições sociais e a base biológica do comportamento humano. Partindo de estruturas orgânicas elementares, determinadas basicamente pela maturação, formam-se novas e mais complexas funções mentais, considerando a natureza das experiências sociais a que as crianças forem expostas.
A instrução está no cerne da aprendizagem e desempenha um papel fundamental no desenvolvimento, e para Vygotski, uma grande ferramenta utilizada para a instrução é a fala.
A forma como a fala é utilizada na interação social com adultos e colegas mais velhos desempenha um papel importante na formação e organização do pensamento complexo e abstrato individual. Através da própria fala, o ambiente físico e social pode ser mais bem apreendido, aquilatado e equacionado, ou seja, a fala aparece no plano social e em seguida no plano psicológico, Primeiro entre as pessoas, como categoria interpsicológica e depois no interior da criança, como categoria intrapsicológica. A fala modifica, assim a qualidade do conhecimento e pensamento que se tem do mundo em que se encontra.
As palavras parecem o nome das coisas, a maioria, não todas, parece se referir a objetos específicos. As palavras parecem ser o material do pensamento e não afetar o pensamento em si.
Ao internalizar instruções, as crianças modificam suas funções psicológicas: percepção, atenção, memória e capacidade para solucionar problemas. Assim, estas funções mentais superiores, o armazenamento e o uso adequado da memória, formam novos conceitos e o desenvolvimento da vontade aparece, inicialmente, no plano social, e posteriormente surge no plano psicológico. A palavra dá forma ao pensamento, criando novas modalidades de atenção, memória e imaginação.
Vygotski observou em seus estudos, que até por volta dos três anos de idade, a fala acompanha, freqüentemente o comportamento infantil. È comum à criança de dois