Psicologia
História da caracterização nosológica do transtorno bipolar
Brasília 21 de Novembro de 2011
O texto História da caracterização nosológica do transtorno bipolar, nos conta a história de Araeteus, representante dos Ecléticos, chamados assim por acolher conceitos de diversas escolas, focando sua precisão nas manias e na melancolia. Eles foram os primeiros a fazer uma diferenciação entre as mesmas e chegando a algumas conclusões a respeito. As manias e a melancolia se conectam de uma forma em que a mania seria uma piora da melancolia, segundo Araeteus (...) “Na maioria dos melancólicos a tristeza se torna melhor depois de variados períodos de tempo e se converte em alegria, desenvolvendo-se assim o que se chama de mania”.
Sendo assim o transtorno bipolar caracteriza-se pela ocorrência de humores alternados, os quais modificam em intensidade, frequência e duração. Os episódios de humor podem variar entre depressivo, maior, maníaco, misto e hipomaníaco. A melancolia ainda era difusa e uma variante da mania, ou podendo ser classificada como um estágio evolutivo da doença, tendo como limite final a demência.
A definição moderna de transtorno bipolar teve seu inicio na França entre os anos de 1851 e 1856 através dos estudiosos Falret e Baillarger. Depois disso surgiram as idéias de Kraepelin, que consistiam na idéia da insanidade-maníaco-depressiva. Uma das importantes contribuições de Kraepelin9 e de seu discípulo Weigandt (1899) foi o conceito de "estados mistos maníaco-depressivos". De fato, a pedra angular para a formulação do conceito unitário, de Kraepelin, a respeito da enfermidade maníaco-depressiva, foi o reconhecimento da existência dos estados mistos. O trabalho de Kraeplin também é importante por classificar em duas formas distintas de psicoses o que antes era considerado um conceito unitário: Psicose maníaco-depressiva e Dementia praecox (Demência precoce, hoje esquizofrenia). Um dos pontos principais do seu método era reconhecer que