Psicologia

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Em muitos momentos de sua vida uma pessoa pode viver situações difíceis e de sofrimento tão intenso, que pensa que algo vai arrebentar dentro de si, que não vai suportar, que vai perder o controle sobre si mesma, que vai enlouquecer. Isso pode ocorrer quando se perde alguém muito próximo ou querido, em situações altamente estressantes em que o indivíduo se vê com muitas dúvidas e não percebe a possibilidade de pedir ajuda e / ou resolver sozinho tal situação.

A pessoa, então, busca a superação desse sofrimento, o restabelecimento de sua organização pessoal e de seu equilíbrio, isto é, o retorno às condições anteriores de rotina de sua vida, em que não tinha insônia, não chorava a toda hora, não tinha os medos que agora tem, por exemplo. Embora o sofrimento seja intenso, não é possível falar de doença nessas situações.

É necessário ter muito cuidado para não patologizar o sofrimento. Situações como essas, todos nós podemos viver em algum momento da vida, e, nessas circunstancias, o indivíduo necessita de apoio de seus grupos (família, amigos).

Além do apoio do grupo, o indivíduo pode necessitar de uma ajuda psicoterápica, no sentido de suporte e facilitação da compreensão dos conteúdos internos que lhe causam o transtorno, o que poderá levá-lo a uma reorganização pessoal quanto a valores, projetos de vida, a aprender a conviver com perdas, frustrações e a descobrir outras fontes de gratificação na sua relação com o mundo.

Neste modo de relatar e compreender o sofrimento psíquico fica claro que o critério de avaliação é o próprio indivíduo e seu mal-estar psicológico, isto é, ele em relação a si próprio e à sua estrutura psicológica, e não o critério de adaptação ou desadaptação social.

Esse indivíduo que sofre pode estar perfeitamente adaptado, continuar respondendo a todas as expectativas sociais e cumprir todas as suas responsabilidades. Ao mesmo tempo, pode-se encontrar um indivíduo, que, mesmo sendo considerado socialmente

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