PSICOLOGIA
A DESIGUALDADE E A INVISIBILIDADE SOCIAL NA FORMAÇÃO DA SOCIEDADE BRASILEIRA O tema invisibilidade social aparece em diversas obras e se apresenta de formas divergentes e as vezes diretas e impactantes. Os garis, conscientes de sua invisibilidade, falam sobre ela e autores a vivenciam e relatam artigos de uma observação critica do cotidiano destes trabalhadores. Esse tema mostra que psicólogos e sociólogos vêm trabalhando sob o mesmo objeto de estudo e que não há mais temas que possam interessar a pesquisas em apenas uma área. Isso abre espaço para as duas ciências, sempre firmando um compromisso social com o objetivo investigado e com as outras áreas de conhecimento que possam contribuir e enriquecer esta discussão, bem como desenvolver estratégias para lidar com questões sociais tão complexas. Os parâmetros analisados entre dois autores, o sociólogo Jessé de Souza e o psicólogo Fernando Braga da Costa, discutem em suas obras a invisibilidade de atores sociais envolvidos e encobertos, pela desigualdade social historicamente construída na sociedade brasileira. A sociedade brasileira é analisada a partir de noções como o personalismo, o familismo e o patriotismo e a explicação do jeito de ser do brasileiro fica reduzida a estes conceitos. Para Sousa (2006) o comportamento do brasileiro é explicado pelo próprio comportamento natural e pela colonização portuguesa, abandonando uma interlocução mais totalizadora que abarque as construções singulares das modernidades periféricas, como é o caso do Brasil. Costa (2004) não se limita apenas em ficar em sala de aula para pesquisar e defender a sua tese e sai em campo para tal. Os brasileiros que desenvolvem um trabalho etnográfico tornam-se membros de um grupo de sujeitos excluídos, profissionais que oferecem apenas o seu corpo como ferramenta de trabalho. Os garis fazem parte desta categoria de profissionais que desenvolvem um trabalho considerado desqualificado,