Psicologia
DEPARTAMENTO DE PSICOLOGIA
CARMEM LÚCIA OLIVEIRA DOS SANTOS
HUMANISMO
“PEQUENA MISS SUNSHINE”
OLINDA/2013
“O Apolíneo e o Dionisíaco são dimensões complementares da realidade, mas separadas pelos gregos.”
Os gregos, na antiguidade clássica, se caracterizavam por uma sensibilidade exacerbada para o sofrimento e uma grande sensibilidade artística que se explica pela força de seus instintos. Por causa da força de seus instintos a vida dos helenos era rica em sofrimentos levando-os ao pessimismo, a negação da própria existência e ao aniquilamento da vida.
A arte grega tem origem nesta problemática. O mesmo instinto que cria a arte cria a religião. A religião e os deuses olímpicos são criados pelos gregos para tornar a vida desejável e mais suave. A criação da arte apolínea é expressão de uma necessidade, pois a vida só se torna possível pelas miragens artísticas. E, devido à consciência das lástimas da existência, o homem tinha necessidade da arte para suportar a vida, onde o espectador via a si mesmo nas representações. Acontecia aí o fenômeno da purificação chamado por Aristóteles de catarse, através das tragédias gregas.
Porém, Sócrates com todo o seu racionalismo exerceu forte influência sobre o homem, principalmente entre os jovens que o admirava pela sua sapiência. Acreditava que através da razão, e somente da razão, se poderia chegar ao conhecimento seguro e que somente aquilo que fosse inteligível seria digno, nobre. E com a razão, buscava explicar o mundo e o homem. E assim, essa sua eloquência comovente, consequentemente levou à morte da tragédia, pois penetrar a própria razão das coisas, distinguindo o verdadeiro do aparente e do erro era, para Sócrates, a única atividade digna do homem.
Baseando-se nas suas análises filosóficas Nietzsche estabelece a distinção entre o Apolíneo e o Dionisíaco, a partir, respectivamente, dos deuses gregos Apolo (deus da razão, da